domingo, 21 de fevereiro de 2010

Momentos decisivos.

Californication S02E10 – In Utero


Primeiramente, para apresentar a série, cito abaixo a melhor definição – apesar de não gostar de rótulos – que encontrei sobre Californication:


“É um pot-pourri de humor e de drama, com ligeiro pendor para o primeiro, e é temperado fortemente com doses recorrentes de sexo e drogas.”


Quanto ao episódio, “In Utero” é um tanto diferenciado dos demais, e trata-se de uma das maiores provas de que Californication não é apenas sobre “fucking and sucking”.

Hank Moody está preocupado tanto com o resultado de um exame médico, quanto com a aproximação de seu mais novo amigo com sua ex-mulher.


Mas o que há de mais marcante é a presença flashbacks que tratam de quando Moody conheceu a (principal) mulher da sua vida, Karen.


Enquanto já tinham um caso (não dava para chamar de relacionamento ainda), ambos possuíam parceiros, mesmo que distantes. Isso e o fato de ainda viverem a vida ainda de forma irresponsável tornaram o choque muito maior quando Karen descobriu a bomba: estava grávida de Hank.


São esses momentos, em que você leva uma bela pancada inesperada da vida, que te levam ao impotente questionamento: “E agora?”. Então, decisões determinantes são obrigatoriamente tomadas de forma rápida e as suas reações instantâneas que, transformadas em atitudes, definem o curso do resto da sua vida. E é aí que não adianta lamentar, nem jogar tudo para o alto, nem mesmo dar um tempo, porque aconteça o que acontecer na sua vida, nem o acontecimento mais drástico que seja fará o mundo em sua voltar parar e esperar pela sua recuperação.


De volta ao episódios, os dois ponderam algumas das decisões que poderiam ser tomadas, todas com sérias consequências, e Karen acaba optando por manter a criança afastar-se de Hank, mas no momento da separação acaba mudando de ideia ao vê-lo colocando na caixa do correio uma carta que antes flagrara na máquina de escrever. A cena e o conteúdo da carta estão no vídeo abaixo:



Hank e Karen então começavam um romance escrito com linhas tortas, exatamente no estilo do escritor (o próprio Hank). Um romance baseado ingenuamente no querer. Na vontade de experimentar essa ideia de ficar juntos, apesar de todos empecilhos e dúvidas, aconteça o que acontecer.


Daí surgiu a filha do casal, Becca, que tem importante papel na série ao expor a dificuldade de um casal de “crianças crescidas” (principalmente no caso de Moody, conforme o próprio disse) em criar uma adolescente cheia de personalidade.


Mesmo com todos contratempos, o casal consegue educar Becca e passam alguns momentos de extrema felicidade. O que nos leva a refletir que, independentemente da sua decisão, sempre faça com que os seus benefícios se sobressaiam aos momentos adversos.


Principais músicas do episódio:

"Nothingman" (Pearl Jam)

"Heart Shaped Box" (Nirvana)


postado por @igorsaldanha

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Casal estranho.

Accidentally on Purpose 1x12 - The Odd Couples

Como estragar tudo em dois passos:

A) Pense muito bem antes de fazer qualquer coisa,
B) Preocupe-se demais com o que as pessoas vão achar dessa qualquer coisa que você fizer.

Pois é. Parece Lei de Murphy, mas é verdade. Não há um manual de como fazer tudo certo em situações sociais (e, principalmente, românticas). Se você pensar trinta e duas vezes antes de tomar qualquer atitude, pode errar; se não pensar nenhuma, também.

É o que acontece com o casal Billie e Zack, que, pra começar, já não são um casal convencional.

Baseada na autobiografia de Mary F. Pols, Accidentally on Purpose é uma comédia que começa com a solteirona Billie (Jenna Elfman), que fica "acidentalmente" grávida após passar uma noite com um cara muito mais novo - e decide ficar com o bebê... e o com o cara.

Zack (Jon Foster) é um jovem aspirante a chef que mora numa van. Billie então decide convidá-lo para morar com ela, mas sem que isso signifique que eles estão juntos, pois ela acha que seria um relacionamento sem futuro.

O tempo vai passando, a barriga vai crescendo e... lá pelo 11º episódio, eles descobrem que se amam e decidem "ser um casal". Mas como isso vai funcionar? Eles não estão acostumados a andar de mãos dadas nem sair com outros casais.

E então combinam muito direitinho como será "sair do armário" como um casal. Planejam uma saída com Abby e Nick (irmã e cunhado de Billie), mas Zack não se dá bem com o cara, que é muito "estranho". Trocam de amigos e saem com Davis e Kaylee (o amigo non-sense de Zack que tá conquistando uma garota burra que acha que ele é irmão do Dave Ghrol), mas também não dá certo.

E eles acham que são péssimos nisso e que virar um casal foi uma péssima idéia. Melhor continuar só com o sexo, né?

Bem, como quase todo episódio de quase toda série, o final tem de ter a "moral da história", que, nesse caso, é a seguinte: seja espontâneo! Não se preocupe demais com tudo, como agir, o que as pessoas vão achar.

Não achei uma foto boa pra por aqui, mas você pode conhecer a série e os horários de exibição no canal da Sony. Quer conhecer a série? Um pedacinho do primeiro episódio: