One Tree Hill 7.10 You are a runner and I am my father's son
Você é quem você é.
Somos mentirosos, somos ladrões, somos viciados.
Não damos valor à nossa felicidade até nos magoarmos ou magoarmos alguém.
Guardamos rancor.
E quando encaramos nossos erros, nós reinventamos nosso passado. Reinventamos nós mesmos.
Ao menos, tentamos.
As pessoas costumam dizer que a gente aprende com cada erro, ou pelo menos deveria. Deveria.
Não que você não deva nunca mais andar de bicicleta porque um dia levou um tombo e quebrou a perna, mas é de se esperar que você tome mais cuidado das próximas vezes que pedalar, certo? Errado. A gente simplesmente não aprende. Quem disser o contráio é escritor de livros de auto-ajuda ou quer fazer você se sentir melhor. Ninguém joga fora a bicicleta ou vai numa loja no dia seguinte comprar um capacete, joelheiras e cotoveleiras para se proteger. O tempo passa e você anda de novo, cai de novo, levanta...
No fundo, você sempre tem a esperança de que aquilo numa mais vai acontecer. E quando acontece, você se lembra de como era a dor.
Aquela sensação familiar, como num dejà vu masoquista. Aí você sofre, depois respira fundo e jura a si mesmo que aprendeu a lição. E, confiante, esquece o medo...
Somos orgulhosos, luxuriosos e incrivelmente imperfeitos.
E cedo ou tarde, nossas imperfeições se revelam.
Nesse episódio, Dan Scott volta a Tree Hill. E pela milésima vez, tenta conseguir o perdão do Nathan. Acontece que certos erros são difíceis de serem perdoados, e Dan já cometeu tanto desses que é até ingenuidade da sua parte acreditar que com uma pitada de boas ações tudo poderia ser esquecido. Pelo menos ele é persistente.. já levou dezenas de portas na cara e não desiste. Mas uma coisa que sempre me chamou a atenção nesse personagem é que as intenções dele nunca são claras. Ele já pareceu ter se regenerado várias vezes, já fez coisas boas, mas está sempre repetindo os mesmos erros.
Arriscar-se é uma forma (muitas vezes inconsciente) de admitir a possibilidade de errar, e mesmo assim seguir em frente. Sempre existe um risco. E o medo. A diferença é como você lida com eles.
O medo é bom, às vezes. O medo pode te impedir de pular da pára-quedas ou nadar num rio revolto. Nessa hora os defensores da máxima "viva cada dia como se fosse o último" (com a qual eu nunca concordei, aliás) dizem: mas se você deixar de fazer tudo por medo, não vai aproveitar a vida, vai perder muita coisa e blá blá blá.
Se você gosta de se machucar, vá em frente, arrisque-se em tudo. Eu gosto de alguns dos meus medos e preciso deles. São eles que me dizem, às vezes baixinho, às vezes gritando: "Cuidado. Pare. Não faça isso. Não diga aquilo. Pense melhor." Só que eu ainda os trato, na maioria das vezes, como a música brega que vem da casa do vizinho; fecho as janelas ou coloco fones de ouvido e abafo suas vozes. Por esperança de que eles estejam errados, por excesso de confiança na minha própria sorte ou por simplesmente ainda não ter aprendido com os tombos da bicicleta.
Às vezes, temos surpresas boas. Daquelas de se desesperar ao ver alguma coisa dar errado, ou achar/temer que não vai dar certo, e se surpreender de uma maneira totalmente boa. Da mesma forma que o tombo pode te pegar de surpresa, contornar um obstáculo com destreza e sem tremer a bicicleta também é uma dessas coisas que surpreendem.
É aí que alguns erros são esquecidos, e essa é a graça de viver: deixar a vida te surpreender.
Músicas desse episódio:
"Letters From The Sky" by Civil Twilight.
"Stranger Keeper" by The Rescues.
"Down" by Jason Walker.
"Let The Horses Loose" by The Rescues.
"False River" by AA Bondy.
"Electrical One" by Quinn Marston.
"Gravitate" by Lou Barlow.
"Baby I Need You" by Kim Taylor.
"Where Do We Go" by Bear Lake.
"Too Many Pills" by Ryan McAllister.
"Hotblack" by Oceanship.
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sábado, 2 de janeiro de 2010
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Sonhos, medos e futuro.
One Tree Hill 6.24 Remember me as a time of day (season finale)
Definitivamente, One Tree Hill é uma das minhas 3 séries favoritas. E é a única que me faz chorar em TODOS os episódios. Mesmo quando eles eram adolescentes e faziam coisas estúpidas que a maioria dos adolescentes faz, até hoje, já adultos, lidando com problemas bem diferentes de quatro anos atrás.
Antes de comentar o último episódio da sexta temporada, preciso falar do 18º - Searching for a former clarity. Porque é nele que se evidencia o conflito interno da Brooke que eu vou falar depois.
Músicas lindaaas como sempre, falas legais como sempre.. (e ainda foi mais legal porque quase não abordou o dramalhão usual da Peyton =p) e focou mais nos outros personagens, como o Dan se despedindo e confessando pro neto que matou o Keith, a Brooke vendo o Julian indo embora e mesmo assim não conseguindo se abrir e dizer que amava ele... Maas ainda acontecem coisas meio sem noção, como o Dan estar sendo preparado pro transplante de coração, o enfermeiro tropeçar, o coração rolar pelo chão e um cachorro comer xD HUEIHAIUHA Como ele mesmo disse pra Deus "A crazy bitch nanny and a dog??" xD
A Brooke amava o Lucas. E ele, como todooo mundo sabe, é um besta indeciso que a traiu duas vezes com a Peyton (a melhor amiga dela). Depois disso, ela ficou com outras pessoas e tentou se relacionar com algumas, mas nunca deu certo (na verdade, acho que ela não tentava realmente.. sempre achava uma razão pra não tentar). E aí, no final da sexta temporada, finalmente parece que o roteirista vai ser bonzinho e mandar um cara legal pra ela. Só que esse cara legal surge na série com uma reputação não muito boa (ex-namorado da Peyton) e com intenções não muito claras (foi contratado pra filmar a história do livro do Lucas, mas o que parece é que ele veio pra infernizar a vida dele com a Peyton). E a Brooke cria uma antipatia logo de cara, pois acha que ele quer atrapalhar o namoro da Peyton e ela não vai deixar isso acontecer. Sóó que com o tempo a gente vê que ele é mesmo um cara legal e... tadãã, ele se apaixona pela Brooke.
Ela começa a gostar dele também, maas evita se envolver demais emocionalmente. Mas a verdade é que ela queria se envolver, queria uma família. Tinha terminado com o último projeto de namorado (Owen) justamente porque ela queria ficar com ele e ter um filho, e ele não quis e caiu fora. Até que um dia o Julian diz que a ama e ela... não diz que o ama.
- O que houve com a Brooke, afinal?
- No início estávamos apenas nos divertindo, e então ela me disse que precisava de mais do que isso, então eu fiz mais que isso, o que fez ela surtar e dizer que só queria se divertir... O que não foi divertido pra nenhum de nós dois.
Por isso que eu odeio esse negócio chamado "bagagem emocional", às vezes. Por um lado, você amadurece com as experiências, com os tombos que leva no caminho, aprende algumas coisas e não comete os mesmos erros; mas em compensasão você carrega alguns machucados (e nem todos estão cicatrizados). E eles ficam lá, te lembrando todo dia que as pessoas erram e te machucam. E você pode lidar com isso de várias formas...
A Brooke amou o Lucas e sofreu. Ok, só que agora (anos depois) ela não confia mais nas pessoas e tem certeza que vai se machucar de novo. Aí fala que só quer se divertir, quando quer ter uma família e ser mãe, e quando aparece alguém que está disposto a isso, ela se fecha e fica numa confusão maluca de reações contraditórias.
- Oi.
- Oi. Eu ia te ligar, mas...
- Mas eu disse que eu te amo e vc não disse de volta. E eu disse que estava tudo bem. Mas não estava.
- É...
- E sabe de uma coisa? Não tem problema, porque às vezes, a beleza está na tentativa... Tenho que ir.
- Não quero que vc vá.
- E eu não quero ir. Mas preciso.
- Julian, eu....
- Vou sentir saudade, Brooke Davis.
Ela foi a personagem que mais mudou na série. No começo era uma líder de torcida popular que ficava com quem queria, falava o que queria e lutava pelas coisas (mesmo passando por cima dos outros). Na quinta temporada ela aparece como uma estilista famosa e rica, dona de uma empresa, mas que não aguenta a pressão da mãe (que manda nos negócios) e desiste. E quer ser mãe. Antes ela não tinha problema nenhum em falar qualquer coisa, e agora não consegue falar o que sente. (Eu estou em processo contrário... maas estou falando da Brooke e não de mim.)
Brooke - Você não pode escolher quem ama.
Julian - Tem razão. Você não escolhe. Mas você escolhe abrir seu coração para o amor. Ttudo bem se algum dia você deixar alguém se aproximar.
Brooke - Só que hoje não é esse dia.
Julian - Tem razão. Você não escolhe. Mas você escolhe abrir seu coração para o amor. Ttudo bem se algum dia você deixar alguém se aproximar.
Brooke - Só que hoje não é esse dia.
Ela podia continuar com essa postura e perder um cara legal e a chance de ser feliz com ele e ter a família que ela queria, maas... No último episódio da temporada, ela finalmente "acorda" e percebe que não quer perder isso, que precisa se abrir e arriscar, precisa ter esperança de novo. Não lembro como foi exatamente a fala, mas ela vai atrás dele em Los Angeles e diz que o ama e quer ficar com ele. Não foi A cena grandiosa e cheia de efeitos e frases, foi simples, e bonita.
Esse episódio teve cara de final da série, e não da temporada. Não vou citar tudo o que aconteceu, queria mesmo só comentar isso sobre a Brooke e sobre como as pessoas mudam a respeito de se abrir/se fechar.
E a sétima temporada será sem o casal "principal" Leyton, e eu tenho que confessar que adorei isso! Brulian vai ser o foco agora (além de Naley, que sempre foi também) e, com isso, já posso ficar triste e sofrer um pouco por antecipação, porque Brooke e Julian se acertaram e vão começar um relacionamento que vai ser mais evidenciado nessa nova temporada, portanto... muitos problemas ainda virão pra eles xD
Acredite que o amor está por aí
Acredite que sonhos se realizam todos os dias.
Porque eles se realizam.
Porque eles se realizam.
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